sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Beija-Flor


Um Beija-flor pairou em minha frente
Ficou parado na chuva a me fitar,
Com toda a liberdade que tinha
Na minha frente preferiu ficar.

Vi suas asas na chuva batendo,
Lágrimas dos olhos descendo...
A tristeza também eu via
Pela solidão que na liberdade tinha.

Falou-me das flores que beijara
E de quantas mais haveria de beijar.
Mas tantas que seus beijos tinham
Com nenhuma haveria de ficar...

--- De que me vale a doce liberdade
Se não tenho com quem voar?
--- Fica, pois, sem a tua liberdade...
Mas com quem te ame como companhia!

Não sei quem o mandou até mim,
Mas suas palavras são a pura verdade.
Abriu meus olhos, salvou minha vida...
Voe, Beija-flor, com sua doce liberdade!

CLÁUDIO AVELINO DA COSTA, O POETA DOS SENTIMENTOS.

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