quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Anversos


Lava-me nas águas justas,
Ó verdade única!
Guia-me entre tantos ditos,
Separa-me como o joio do trigo,
Das vidas que me apresentam...

São tantas as armadilhas...
São tantos os enganos...
Que até parece que nascemos
Para viver nos livrando
De tudo, de todos,
E até de nós mesmos.

Destino meu, ardiloso tirano,
Não rasgue o meu céu de sonhos
Qual raio furioso dilacera o véu celeste.
Alia-te às minhas vivências,
Não às tramas dos meus caminhos...

A navalha do tempo corta fundo,
Ela me molda por todos os crepúsculos
Que se deitam cansados nos horizontes
Dos meus fatigados devaneios.
Eu sinto a dor na carne nua.

Eu procuro por meus anversos...
Os que me fizeram chegar até aqui...
Eu luto por minhas verdades,
As que me fazem acreditar
Que ainda posso prosseguir...

CLÁUDIO AVELINO DA COSTA, O POETA DOS SENTIMENTOS.

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