quinta-feira, 26 de maio de 2011

Amor Perfeito


Amores perfeitos, desejos insanos
De ter, de querer, de ser...
O que não se pode ter,
O que não se dever querer,
O que jamais será.

Saudade que rompe barreiras
Por quem me tem feito...
Tristeza que ronda o peito,
Pelo mal já feito...
Que faz a solidão avizinhar-se
Em minha cama, em teu leito.

Deixando o amor perfeito
Renegado num canto do peito
E a paixão insana
Solta de qualquer jeito.

Deite-se em minha cama
E saia se puder ser feito...
Misture-se aos meus sonhos,
Seja todo o meu desejo.
Eu queria apenas ser
O homem que te ama
A realizar todos os teus devaneios,
Não apenas mais um em tua cama.

CLÁUDIO AVELINO DA COSTA, O POETA DOS SENTIMENTOS.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Canoa Grande


Canoa Grande
Dos coqueirais bailantes,
Das Igrejas seculares,
Dos irmãos gêmeos.
Santos!

A ti entreguei tantas primaveras...
Fui feliz, me fiz existir.
Do teu ar maresia... Respirei...
Foste o alimento à esperança
Que eu sempre tive.
A tua sombra me protegia
Da sorte e dos raios do sol.
Eu era eterno e não sabia...

Foi dessa Terra que conheci
O amor mais puro.
Foi nesse histórico céu azul
Que construí meu paraíso.
Foi em teu solo secular que vivi
A perfeita felicidade.
Foi em tuas águas mornas
Que naveguei em harmonia...

Hoje não tenho mais o brilho
Inocente dos teus olhos...
Hoje os teus ventos não caminham
Pelas curvas do meu corpo...
Hoje os meus sorrisos
São de saudades...

Por meus atos me tornei passado,
Como as Igrejas que te abençoam,
Como as pedras negras
Em teus caminhos...
Como os teus santos velados,
Canoa Grande!
Tornei-me distante saudade...
Mas os sinos ainda dobrarão!

POEMA DEDICADO À CIDADE DE IGARASSU-PE.

CLÁUDIO AVELINO DA COSTA, O POETA DOS SENTIMENTOS.

domingo, 15 de maio de 2011

Palco Sagrado


Vive a emoção nesse palco sagrado
De felicidades ou de tristezas...
Meus olhos regam tua grama verde.
Sou tua voz, teu sopro de vida...
Sou cada parte desse chão.

Teu silêncio testemunha o quanto és sério,
O meu grito, quanto és grande...
O meu suor nutre esse solo amado
Onde a vida rola com a bola
Com as minhas lágrimas e emoções.

Sem mim, não passas de concreto e ferro.
Comigo és pura emoção...
És palco de vitórias e de lágrimas,
Tens vida, pulsas, balanças...
Comigo tens tua própria opinião.

Minhas três cores... Meus três amores...
Faz meus sonhos correrem em teu verde...
Nina meu corpo em teu doce ventre
Que grito aos quatro cantos num gol...
Como és grande e o quanto te amo!!

POEMA DEDICADO AO SANTA CRUZ FUTEBOL CLUBE.

CLÁUDIO AVELINO DA COSTA, O POETA DOS SENTIMENTOS.

sábado, 14 de maio de 2011

Asas Quebradas


A minha liberdade voa
De asas partidas
Em céu bloqueado
Por baixas nuvens...
Sem luas, sem o sol,
Sem estrelas, sem luzes...

A felicidade corre solta
De pernas quebradas
Sentindo as dores
Das renúncias
Que a vida propõe,
Que o meu coração aceita.

Assim são os dias
Que se esvaem apressados
Por entre os meus dedos.
Assim são as noites
Que me fazem esquecido
Entre as minhas lembranças.

CLÁUDIO AVELINO DA COSTA, O POETA DOS SENTIMENTOS.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Minhas Três Cores


Soou o grito de gol
Das Três Cores, encanto...
Tremeu a Ilha,
Acordou a cidade,
A emoção que invadiu
As ruas nos gritos
De felicidade.

De lágrimas e chuva,
Doce loucura...
O Fita Azul é batizado.
A cada vitória tua,
Minhas Três Cores,
Esqueço tuas derrotas
E as minhas infelicidades...

Por isso que vivo, grito e torço...
Sou das multidões, sou das Três Cores!
Não abro mão dos meus três amores...
(Recife, Olinda e Igarassu)
É com muito orgulho que confesso:
Sou Tricolor de corpo, alma e coração.

CLÁUDIO AVELINO DA COSTA, O POETA DOS SENTIMENTOS.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Corpo Poético


Os teus abraços, para mim,
São versos de amores tocáveis
Que se transformam em poemas
Quando o meu corpo poético
Declama todos os teus laços...

Nesse teu dourado poema,
Não há versos brancos.
Nele, há rimas de ciúmes,
Há desejos morenos
Como flores virgens...

Esses teus mistérios declamam
Toda a sensualidade de um desejo,
Que nasce inocente como criança
Mas, que morrem adultos, maliciosos,
Quando o meu corpo no teu descansa.

CLÁUDIO AVELINO DA COSTA, O POETA DOS SENTIMENTOS.

domingo, 1 de maio de 2011

Vinho Tinto


Eu vi as flores
Semearem os sonhos...
Eu assisti o nascer
Das coisas impossíveis,
E o agonizante morrer
De tantas outras realizadas.

Eu vi o girassol girando o tempo,
Eu girei com ele...
Eu sonhei comigo...
No odor ébrio
De um vinho tinto,
Fui lançado ao desconhecido,
E, me fascinei...

Ah, esse céu que me seduz!
Voei com a luz...
Fui além dos limites
Que a minha razão impôs.
Se não foram as flores,
Talvez fora o vinho
Que me fez sentir
O gosto doce da liberdade,
Tal qual nuvem perdida
Na imensidão de uma incerteza...

CLÁUDIO AVELINO DA COSTA, O POETA DOS SENTIMENTOS.

Cinzas da Lua


Ó grande lua que ilumina
Os sonhos da minha saudade!
Que quando cheia alimenta
Todas as minhas esperanças.
Que quando nova me diz
Que sempre ando sozinho.

Diz-me, ó lua minguante!
Se esse meu coração amante
Não pertence a esse mundo.
Mostra-me o caminho
Tal qual o teu doce brilho
Sob as águas dos oceanos.

Lança em mim, ó Diva!
Todo o teu maravilhoso manto.
Não espalhe em mim as cinzas
De tantos amores partidos
Porque eu já não resisto,
Porque a dor cala o meu grito.

Leva de mim toda essa tristeza
E guarda em teu desconhecido.
Não me mostra a tua face escura
Porque eu não passo de um menino
Que sonha amar por todas as luas,
Mesmo sabendo do raiar dos amanhãs.

CLÁUDIO AVELINO DA COSTA, O POETA DOS SENTIMENTOS.