quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Águas Maliciosas


Os teus suaves dedos são como chaves
Que abrem todos os meus segredos.
Com seus toques atrevidos, insaciáveis,
Rendem-se todos os meus desejos...

Furta-me as jóias nas quentes entranhas
Escondidas do meu corpo incandescente.
Torna-te devassa, como devasso eu fico,
Tal qual leão faminto dilacera a presa...

Torna-te água maliciosa e, sem pudor, siga...
Deslize por cada poro do meu corpo faminto.
Sinta o meu cheiro lascivo de homem...

Aprecie o gosto doce da minha pele suada
E tome imediata posse do que é teu por direito:
Meu corpo tenso e minh’alma por ti escravizada.

CLÁUDIO AVELINO DA COSTA, O POETA DOS SENTIMENTOS.

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