sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Água Bruta


Por onde correrá essa água
Que da pedra brotou?
Será que desceu a serra,
No rio criou força e no mar se fartou?
Qualquer que seja o seu caminho,
Essa mesma água que move os moinhos
Vai tornar-se salgada,
Pois esse é o seu destino.

Quantos corpos banhará?
Quantas vidas afogará?
Antes de no oceano desaguar?
Será que és doce, água bruta,
Ou tens o sal do mar?
Sei lá! Deve ser apenas água
Que se deixa levar...

Águas que matam a sede,
Mas não purificam...
Que modificam os destinos
Ainda por escrever,
Que fazem renascer na terra rachada
Uma folha de esperança
De uma inocência passada!

Águas que d’alma nascem...
Escorrendo dos olhos numa gota sofrida,
Procurando uma boca,
Um belo sorriso...
Na esperança que a fonte
Torne-se escassa
E que dessa vida onde tudo passa,
Seja apenas água viva,
Água da vida!!

Meus dois Oceanos que vêem à frente
Abram meus caminhos,
Tornem virgem a praia...
Para quando por ela eu passar,
Deixe as minhas pegadas,
Não o sal do mar!!!

CLÁUDIO AVELINO DA COSTA, O POETA DOS SENTIMENTOS.

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