segunda-feira, 14 de março de 2011

Os Guardiões


Nessa vida de sonhos
E de realidades afiadas,
Eu sonhei em criar o meu mundo
E compartilhar com você
Que ama ou que em algum dia amou
Como eu,
Que amo tudo que vejo...
E que às vezes,
Apenas às vezes...
Não posso ter o que desejo...

Por isso, ergui em mármore carrara
Um Portal de colunas Jônicas
Sob as asas e os olhos
Da minha consciência vaga.
Por ele, sempre passo...
Toda vez que a saudade aperta,
Quando o amor me deixa perdido
Ou quando a vida furta de mim
O pouco que tenho conquistado...

Ele é o único acesso ao meu mundo...
Onde você pode, se puder sentir,
Conhecê-lo através dos meus versos.
Peço permissão aos dois leões alados,
Os guardiões do meu “Eu”,
Do Portal,
Meu refúgio seguro...
E passo e sigo e fico...

Lá simplesmente vivo o meu sonho real,
Protegido da realidade da vida,
Da maldade que me rodeia
Ou que de mim mesmo tem partido.
Lá sou parte dos meus sonhos,
Apenas lá...
Completo a minha existência,
Lá sou mais que um sonho...
Sou real!
Sou humano!

Se você me acha um tolo sonhador
Ou um bobo utópico,
Você não está enganado, sou mesmo.
Mas também é verdade que sou
Um eterno apaixonado
Que passou pela vida amando
E que por ela nem sempre foi amado.
Mesmo assim, continuo sonhando...
Porque é o amor que me tem guiado.

CLÁUDIO AVELINO DA COSTA, O POETA DOS SENTIMENTOS.

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