quarta-feira, 16 de março de 2011

Olho D'Água


Olho d’água
Vence a terra,
Aflora choroso
Como criança mimada.

Arrasta-se manhosamente,
Encontra um caminho,
Entrega-se por inteiro
A um braço de rio.

Perdido num leito macio,
Desce em corredeiras.
Às vezes copioso,
Outras, manso.

Torna-se paixão pulsante,
Malicioso encanto.
Rio caudaloso que afoga
Os corações sofridos.

Olho d’água
Quando adormece no mar,
Não é mais criança mimada.
É Oceano.

CLÁUDIO AVELINO DA COSTA, O POETA DOS SENTIMENTOS.

Um comentário: