Olho d’água
Vence a terra,
Aflora choroso
Como criança mimada.
Arrasta-se manhosamente,
Encontra um caminho,
Entrega-se por inteiro
A um braço de rio.
Perdido num leito macio,
Desce em corredeiras.
Às vezes copioso,
Outras, manso.
Torna-se paixão pulsante,
Malicioso encanto.
Rio caudaloso que afoga
Os corações sofridos.
Olho d’água
Quando adormece no mar,
Não é mais criança mimada.
É Oceano.
CLÁUDIO AVELINO DA COSTA, O POETA DOS SENTIMENTOS.
Parabéns!
ResponderExcluirComo sempre nos deixando a refletir. Gostei também!