domingo, 17 de abril de 2011

Alvoradas


Quando as alvoradas despertam
Trazem consigo a cerração
Com o seu manto pálido e gélido.
As manhãs acordam cerradas
Ainda sonolentas e frias...
A vegetação verdejante,
Aos primeiros raios de sol,
Surge maravilhosamente encravada
Com pequenos diamantes voláteis.
As lágrimas da madrugada!...

E no bailar do novo dia,
Quando os ventos infantis
Brincam soltos com sua alegria,
Só se escuta o frufru da mata
Sem o reluzir dos diamantes,
Sem as noturnas lágrimas...
Mas, com toda a felicidade
Que falta às madrugadas,
A mesma que diamantiza
Todas as minhas lágrimas.

CLÁUDIO AVELINO DA COSTA, O POETA DOS SENTIMENTOS.

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