segunda-feira, 11 de abril de 2011

Agonias do Amor


Eu tenho receio do amor.
Eu tenho medo da angústia
E de toda a dor que fica
Quando, de vez, ele parte
Sem avisar que ia...
Quem um dia já amou sabe
Que quando ele parte,
Deixa um vazio maior
Do que o que preencheu
Quando, avisando, chegou.

E o coração que o perde,
Fica sem rumo e sentindo:
Um misto de vida e morte,
Um nada se transformando em tudo,
Um céu de ocasos desabando
Ferindo o corpo, rasgando a alma,
Deixando-a exposta
Às infecções do mundo,
À agonia amarga de uma saudade
Que não passa, que não passa...

CLÁUDIO AVELINO DA COSTA, O POETA DOS SENTIMENTOS.

Um comentário:

  1. Na minha visão, até a perda tem sua beleza. Há sempre a chance de crescermos um pouco mais, ao descobrir que com o tempo, tudo aquilo que era necessário, torno-se apenas boas lembranças que não devem mesmo ser esquecidas. Afinal, fez parte da nossa vida. Mas tem algo que andamos fazendo de errado com o amor, com as relações... Mas isso, é tão pessoal, que prefiro nem comentar. Belo poema. bjs.

    ResponderExcluir