quinta-feira, 19 de maio de 2011

Canoa Grande


Canoa Grande
Dos coqueirais bailantes,
Das Igrejas seculares,
Dos irmãos gêmeos.
Santos!

A ti entreguei tantas primaveras...
Fui feliz, me fiz existir.
Do teu ar maresia... Respirei...
Foste o alimento à esperança
Que eu sempre tive.
A tua sombra me protegia
Da sorte e dos raios do sol.
Eu era eterno e não sabia...

Foi dessa Terra que conheci
O amor mais puro.
Foi nesse histórico céu azul
Que construí meu paraíso.
Foi em teu solo secular que vivi
A perfeita felicidade.
Foi em tuas águas mornas
Que naveguei em harmonia...

Hoje não tenho mais o brilho
Inocente dos teus olhos...
Hoje os teus ventos não caminham
Pelas curvas do meu corpo...
Hoje os meus sorrisos
São de saudades...

Por meus atos me tornei passado,
Como as Igrejas que te abençoam,
Como as pedras negras
Em teus caminhos...
Como os teus santos velados,
Canoa Grande!
Tornei-me distante saudade...
Mas os sinos ainda dobrarão!

POEMA DEDICADO À CIDADE DE IGARASSU-PE.

CLÁUDIO AVELINO DA COSTA, O POETA DOS SENTIMENTOS.

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