Verte-me sangue
Lágrimas d’alma
Punhais de aço
Lacerada cama.
Furta-me a razão
Inocente malícia
Pétrea coluna
Indômita fugitiva.
No ocaso intrépido,
Sou a sela atrevida
Não sou o cavalo
Na encelada carne.
Transpassa-me...
A verdade furtiva,
As mentiras justas,
Os beijos amargos.
Queima-me vivo,
Prostituta carne,
Anjos e demônios,
Certos sentidos...
Verte-me sangue,
Furta-me a razão,
Transpassa-me...
Queima-me vivo.
Sou eu que sinto
As minhas dores.
Sou eu que faço
Esse meu destino.
Planto roseiras,
Colho espinhos.
Rogo aos céus,
A terra responde.
Estendo as mãos.
Grito em silêncio.
Verte-me sangue,
Falta-me a razão.
Sinto fome e sede.
Sinto frio, calafrios,
Nessa insanidade
Que me consome.CLÁUDIO AVELINO DA COSTA. O POETA DOS SENTIMENTOS.
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